Católicos Online | ![]() | ![]() |
Primeira Leitura: PROFETAS MAIORES: Livro de Isaías (Is), capítulo 50 Segunda Leitura: EPÍSTOLAS DE SÃO PAULO: Epístola aos Filipenses (Fl), capítulo 2 |
ASS EVANGELHOS: Evangelho segundo São Marcos (Mc), capítulo 14 (1) Ora, dali a dois dias seria a festa da Páscoa e dos (pães) Ázimos, e os sumos sacerdotes e os escribas buscavam algum meio de prender Jesus à traição para matá-lo. (2) Mas não durante a festa, diziam eles, para não haver talvez algum tumulto entre o povo. (3) Jesus se achava em Betânia, em casa de Simão, o leproso. Quando ele se pôs à mesa, entrou uma mulher trazendo um vaso de alabastro cheio de um perfume de nardo puro, de grande preço, e, quebrando o vaso, derramou-lho sobre a cabeça. (4) Alguns, porém, ficaram indignados e disseram entre si: Por que este desperdício de bálsamo? (5) Poder-se-ia tê-lo vendido por mais de trezentos denários, e os dar aos pobres. E irritavam-se contra ela. (6) Mas Jesus disse-lhes: Deixai-a. Por que a molestais? Ela me fez uma boa obra. (7) Vós sempre tendes convosco os pobres e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim não me tendes sempre. (8) Ela fez o que pode: embalsamou-me antecipadamente o corpo para a sepultura. (9) Em verdade vos digo: onde quer que for pregado em todo o mundo o Evangelho, será contado para sua memória o que ela fez. (10) Judas Iscariotes, um dos Doze, foi avistar-se com os sumos sacerdotes para lhes entregar Jesus. (11) A esta notícia, eles alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele buscava ocasião oportuna para o entregar. (12) No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava a Páscoa, perguntaram-lhe os discípulos: Onde queres que preparemos a refeição da Páscoa? (13) Ele enviou dois dos seus discípulos, dizendo: Ide à cidade, e sair-vos-á ao encontro um homem, carregando um cântaro de água. (14) Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: O Mestre pergunta: Onde está a sala em que devo comer a Páscoa com os meus discípulos? (15) E ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, mobiliada e pronta. Fazei ali os preparativos. (16) Partiram os discípulos para a cidade e acharam tudo como Jesus lhes havia dito, e prepararam a Páscoa. (17) Chegando a tarde, dirigiu-se ele para lá com os Doze. (18) E enquanto estavam sentados à mesa e comiam, Jesus disse: Em verdade vos digo: um de vós que come comigo me há de entregar. (19) Começaram a entristecer-se e a perguntar-lhe, um após outro: Porventura sou eu? (20) Respondeu-lhes ele: É um dos Doze, que se serve comigo do mesmo prato. (21) O Filho do homem vai, segundo o que dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem for traído! Melhor lhe seria que nunca tivesse nascido... (22) Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo. (23) Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentou-lho, e todos dele beberam. (24) E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos. (25) Em verdade vos digo: já não beberei do fruto da videira, até aquele dia em que o beberei de novo no Reino de Deus. (26) Terminado o canto dos Salmos, saíram para o monte das Oliveiras. (27) E Jesus disse-lhes: Vós todos vos escandalizareis, pois está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas serão dispersas (Zac 13,7). (28) Mas depois que eu ressurgir, eu vos precederei na Galiléia. (29) Entretanto, Pedro lhe respondeu: Ainda que todos se escandalizem de (30) Jesus disse-lhe: Em verdade te digo: hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me terás negado. (31) Mas Pedro repetia com maior ardor: Ainda que seja preciso morrer contigo, não te renegarei.E todos disseram o mesmo. (32) Foram em seguida para o lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse a seus discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto vou orar. (33) Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ter pavor e a angustiar-se. (34) Disse-lhes: A minha alma está numa tristeza mortal, ficai aqui e vigiai. (35) Adiantando-se alguns passos, prostrou-se com a face por terra e orava que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. (36) Aba! (Pai!), suplicava ele. Tudo te é possível, afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça o que eu quero, senão o que tu queres. (37) Em seguida, foi ter com seus discípulos e achou-os dormindo. Disse a Pedro: Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora! (38) Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca. (39) Afastou-se outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras. (40) Voltando, achou-os de novo dormindo, porque seus olhos estavam pesados, e não sabiam o que lhe responder. (41) Voltando pela terceira vez, disse-lhes: Dormi e descansai. Basta! Veio a hora! O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. (42) Levantai-vos e vamos! Aproxima-se o que me há de entregar. (43) Ainda falava, quando chegou Judas Iscariotes, um dos Doze, e com ele um bando armado de espadas e cacetes, enviado pelos sumos sacerdotes, escribas e anciãos. (44) Ora, o traidor tinha-lhes dado o seguinte sinal: Aquele a quem eu beijar é ele. Prendei-o e levai-o com cuidado. (45) Assim que ele se aproximou de Jesus, disse: Rabi!, e o beijou. (46) Lançaram-lhe as mãos e o prenderam. (47) Um dos circunstantes tirou da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e decepou-lhe a orelha. | ||||||||
| |||||||||
5º Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor - A fé de Pedro, das redes à CruzDo primeiro chamado à beira do mar da Galiléia até a provação final na Cruz, a fé vacilante de São Pedro foi sendo, pouco a pouco, purificada e robustecida. Neste Testemunho de Fé, Padre Paulo Ricardo propõe uma bela reflexão sobre a vida e o testemunho do primeiro Papa e como podemos crescer na fé, junto com ele, nesta Semana Santa. Um rei coroado de espinhosCaríssimos, baste-nos alguns pensamentos, nesta Eucaristia solene que abre a Grande Semana da nossa fé, a Semana santíssima, que culminará com a Solenidade da Páscoa, Domingo próximo. Já fizemos memória da Entrada do Senhor Jesus em Jerusalém. Ele é o Filho de Davi, o Messias esperado por Israel, que vem tomar posse de sua Cidade Santa. Mas, que surpresa! É um Messias humilde, que entra não a cavalo, mas num humilde burrico, sinal de serviço e pequenez! Ei-lo: seu serviço será dar a vida pela multidão. Ele é Rei, mas rei coroado de espinhos e não de humana vanglória. Termos seguido o Senhor nessa solene procissão com ramos é tê-lo reconhecido como nosso rei, rei pobre e humilde. Tê-lo seguido é nos dispor a segui-lo nas pobrezas e humildades da vida, dispondo-nos a participar de sua paixão e cruz para ter parte na glória de sua ressurreição. Após a Procissão de Ramos, que pensamentos poderíamos colher agora na Liturgia da Palavra desta Missa da Paixão do Senhor? Eis alguns pensamentos: Primeiro: O meio que Deus escolheu para nos salvar não foi o que é grande e vistoso, tão apreciado pelo mundo. Ao invés, o Pai nos salvou pela humilde obediência do Filho Jesus. Reconheçamos na voz do Servo sofredor da primeira leitura a voz do Filho de Deus: “O Senhor Deus me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhes resisti nem voltei atrás. Ofereci as costas para me baterem e as faces para arrancarem a barba. O Senhor é o meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, porque sei que não serei humilhado”. Palavras impressionantes, caríssimos! O Filho buscou humildemente, na obediência de um discípulo, a vontade do Pai – e aí encontrou força e consolo, encontrou a certeza de sua vida. São Paulo, na segunda leitura de hoje, confirma isso com palavras não menos impressionantes: “Jesus Cristo, existindo na condição divina, esvaziou-se de si mesmo, humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz”. Caríssimos em Cristo, num mundo que nos tenta a ser os donos da verdade, desprezando os preceitos do Senhor Deus e seus planos para nós, aprendamos a humilde obediência de Cristo Jesus, entremos em comunhão com o Cristo obediente ao Pai até a morte. Só então seremos livres realmente, somente então viveremos de verdade! Um segundo pensamento: O breve e concreto relato da Paixão segundo São Marcos, apresenta-nos ao menos três modos de nos colocar diante do Cristo nosso Senhor. Dois modos inadequados, que deveremos evitar, apesar de tantas vezes neles cairmos; e um modo correto, a que somos continuamente chamados. Ei-los: Primeiramente, o modo dos discípulos, tão vergonhoso: “Então todos o abandonaram e figuram”. Oh! meus caros, que desde o início temos sido covardes, desde os princípios somos um mísero bando de infiéis! Quantas vezes, nos apertos da vida, fugimos e o abandonamos: no vício, no comodismo, na busca de crendices e seitas, no fascínio por ideologias, idéias e filosofias opostas à nossa fé! Como é fácil fugir, como é fácil, ainda agora, abandoná-lo! – Perdoa-nos, Senhor Jesus, porque ainda hoje somos assim, ainda somos como os primeiros discípulos: frágeis, inconstantes, covardes mesmo! Perdoa-nos pelo pouco amor, pela falta de compromisso! Depois, o modo de Pedro, que “seguiu Jesus de longe”. Atenção, caríssimos Pedros aqui presentes! Não se pode seguir Jesus de longe! Quem o segue assim? Quem pensa poder ser discípulo pela metade; quem se ilude, pensando seguir o Senhor sem combater seus vícios e pecados; quem imagina poder servir a Deus e ao dinheiro, ao Senhor e aos costumes e modos e pensamentos do mundo! Como terminarão esses? Como terminou Pedro: negando conhecer Jesus! – Senhor, olha para nós, como olhaste para Pedro; dá-nos o arrependimento e o pranto pela covardia e frieza em te seguir! Faze-nos verdadeiros discípulos teus, que te sigam de perto até a cruz, como o Discípulo Amado, ao lado de tua Santíssima Mãe! Finalmente, uma atitude bela e digna de um verdadeiro discípulo do Senhor: aquele gesto, da misteriosa mulher, que ungiu a cabeça do Senhor com nardo puro, caríssimo! Notaram, amados em Cristo, o detalhe de São Marcos? “Ela quebrou o vaso e derramou o perfume na cabeça de Jesus”. Quebrou o vaso… isto é, derramou todo o perfume, sem reservas, sem pena, com amoroso estrago… Para o Senhor, tudo; para o Salvador o melhor! E São João diz que “a casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo” (Jo 12,3). Ó mulher feliz, discípula generosa! Dando tudo ao Senhor, perfumou toda a casa com o bom odor de um amor ser reservas! Quanta generosidade dessa mulher politicamente incorreta! Quanta hipocrisia, quanta mesquinhez dos apóstolos politicamente corretos, que não compreenderam seu gesto de amor gratuito! – Senhor Jesus, faz-nos generosos para contigo! Que te amemos como essa mulher: sem reservas, sem fazer contas! Ó Senhor, que nos amaste até o extremo, ensina-nos a te amar assim também, colocando nossos perfumes, isto é, aquilo que temos de precioso, a teus pés! Então, o mundo será melhor, porque o bom odor do amor haverá de se espalhar como testemunho da tua presença! Eis, caríssimos! Fiquemos com estes santos pensamentos, preparando-nos durante toda esta Semana para o Tríduo Pascal, que terá seu cume na Santa Vigília da Ressurreição! Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos, porque pela vossa santa cruz remistes o mundo. Dom Henrique Soares da Costa |
Nenhuma profecia da escritura é de particular interpretação (2Pd 1,21). [São Pedro]
-= Ajude-nos: doação ou divulgação! -|- Publique artigos você também =- |
-= Grupo Católicos Online no Face -|- Cristãos Online no Face -|- Assine RSS Católicos Online =- |