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Escrituras
JESUS, OS APÓSTOLOS E A IGREJA PRIMITIVA
USAVAM A VERSÃO GREGA DO AT QUE TINHA OS 7 LIVROS RETIRADOS POR LUTERO. NOTAS: ISSO SE PROVA COM FONTES PATRÍSTICAS E LISTAS DE PERGAMINHOS PAPIROS CODEX E COM AS MAIS DE 100 MIL VARIANTES DO NOVO TESTAMENTO.
Passemos agora a provar que a versão grega dos 70 (LXX) que contam os livros Baruc, Judite, Tobias, Sabedoria, 1 e 2 Macabeus e Eclesiástico, que hoje fazem parte da bíblia católica e que não existem na bíblia protestante, foi usada por Jesus e seus Apóstolos, e que esses livros são verdadeiramente inspirados por Deus. Vamos abrir a nossa bíblia (católica ou protestante) em Gn 46,27. Deixe marcada e abra também em At 7,14. Vejamos: “José teve dois filhos nascidos no Egito. O total das pessoas da família de Jacó que foram para o Egito era de setenta” (Gn 46,27) “Enviando mensageiros, José mandou vir seu pai Jacó com toda sua família, que constava de setenta e cinco pessoas” (At 7,14) Observe-se que na passagem do livro do gênesis o total das pessoas da família de Jacó era de setenta; já no livro de Atos dos Apóstolos (escrito pelo evangelista Lucas), o número total era de setenta e cinco. Por que a diferença? Isso ocorre devido ao fato de que tanto na bíblia católica quanto na bíblia evangélica o antigo testamento foi traduzido a partir do original hebraico. Porém, o antigo testamento que Lucas usava era o da versão grega dos 70, em que nele constava que o número total de pessoas da família de Jacó era de setenta e cinco. É esse posicionamento que encontramos na bíblia de estudos Almeida (evangélica) no comentário de Gn 46,27: “A versão grega (LXX) acrescenta aqui ainda cinco descendentes dos filhos de José, dando assim o total de setenta e cinco pessoas, número mencionado em At 7,14.” Outra prova está em Gn 47,31 em comparação com Hb 11,21: “José jurou-lhe e Israel prostrou-se sobre a cabeceira de sua cama” (Gn 47,31). “Foi pela fé que Jacó [Israel], estando para morrer, abençoou cada um dos filhos de José e venerou a extremidade de seu bastão” (Hb 11,21). Estas passagens mostram claramente que o autor de Hebreus usava a versão grega dos 70, já que, na sua carta, ele faz uma citação do livro do Gênesis do jeito que aparece na versão grega, e bem diferente do que aparece no original hebraico. Observemos o que dizem os comentários da bíblia católica Ave-Maria sobre isso, ao comentar as passagens mencionadas: “A carta aos hebreus (Hb 11,21) cita esta passagem [Gn 47,31] de acordo com a versão grega.” (pág. 97) “A extremidade de seu bastão: esta frase obscura é uma citação do texto grego do Gn 47,31. O texto original hebraico diz: ele adorou, voltando-se para a cabeceira de sua cama.” (pág. 1536) O apóstolo Paulo era o que mais usava citações da versão grega dos 70. Na introdução à epístola aos Hebreus (Bíblia de estudo Almeida, pág. 327), João Ferreira de Almeida fala exatamente isso: “O autor [Paulo] demonstra ser um profundo conhecedor do antigo testamento, cujo texto cita sempre da tradução grega conhecida como LXX ou versão dos setenta (LXX).”
Por fim, até Jesus usou a versão grega dos 70, quando foi à sinagoga e fez a leitura do livro do profeta Isaías (Is 61,1-2) de acordo com a LXX, conforme está escrito em Lc 4,14-18 e no comentário da Bíblia de Jerusalém e de João Ferreira de Almeida a esta passagem. Jesus usou até mesmo os livros deuterocanônicos em suas pregações: Em Lc 6,31 Jesus cita uma passagem do livro de Tobias (Tb 4,15); em Mc 11,25 Jesus cita Eclo 28,2; e há fortes indícios de que ele teria se baseado em Eclo 11,18-19 para compor a parábola de Lc 12,16-21, dentre outras. Veja também Tg 4,6 e 1Pd 5,5 (que citam Pr3,34); At 7,53, Gl 3,19 e Hb 2,2 (que citam Dt 33,2); Jo 1,23 quando cita Is 40,3; e Mt 1,23 que cita Is 7, 14. Todos eles em citações do texto grego. Só com estas passagens citadas, descobrimos que, apenas Marcos e Judas não nos dão provas suficientes de que usavam a septuaginta. Mas, alguns ainda poderiam duvidar, dizendo: “sim, mas, quem garante que os apóstolos leram realmente esses livros, não há, em toda a bíblia, nenhuma citação deles”. Na verdade, há sim diversas citações, posso mencionar 20 delas que encontrei. Uma está no livro de Tiago (Tg 1,19), que cita o texto grego de Eclo 5,11: “Já sabeis meus diletíssimos irmãos: todo homem deve ser pronto para ouvir, porém tardo para falar e tardo para se irar”. (Tg 1,19) “Sê pronto para ouvir, e lento para responder”. (Eclo 5,11 ou 13, dependendo da tradução). Obs 1: Diferentemente dos outros escritores dos livros do NT, Tiago não se importava em repetir exatamente igual o AT. Veja Tg 4,5, em que Tiago faz uma citação da Bíblia com suas próprias palavras. Obs 2: A passagem “e lentos para se irar” é uma citação de Ecl 7,9 e também de Eclo 44,16. No livro de Hebreus (Hb 11,5) encontramos uma citação de Gn 5,24 e também de Eclo 44,16. Observe que em Hb 11,5 Paulo afirma que Henoc, antes de ser arrebatado por Deus recebeu testemunho de que agradara a Deus. Porém, como podemos ver, no texto de Gn 5,24 não está dito que Henoc agradou a Deus. Então, de onde Paulo retirou tal afirmação? Foi de Eclesiástico 44,16, que diz assim: “Henoc agradou a Deus e foi arrebatado, exemplo de conversão para as gerações”. Ademais, é interessante mencionar que na Bíblia católica Ave-Maria há um detalhe interessante na passagem de Hb 11,5. O autor de Hebreus (Paulo) considera o livro do Eclesiástico como Escritura Sagrada. Vejamos: “Pela fé Henoc foi arrebatado, sem ter conhecido a morte; e não foi achado, porquanto Deus o arrebatou; mas a Escritura diz que, antes de ser arrebatado, ele tinha agradado a Deus”. Ora, a única passagem das Escrituras que fala que Henoc agradou a Deus é em Eclesiástico, não em Gênesis, que em nenhum momento fala que Henoc agradou a Deus. Mas outro poderia dizer: “certo, mas a Bíblia da Ave-Maria é uma Bíblia católica. Eu acreditaria se fosse uma bíblia protestante que dissesse isso”. Não tem problema. É só pegar a Bíblia protestante Nova Tradução na Linguagem de Hoje e ler o que diz em Hebreus 11,5: “Foi pela fé que Enoque escapou da morte. Ele foi levado para Deus, e ninguém o encontrou porque Deus mesmo o havia levado. As Escrituras Sagradas dizem que antes disso ele já havia agradado a Deus.” Algumas passagens do Novo Testamento, embora não façam citações, fazem referências a livros deuterocanônicos, como Sb 2,12-20 que profetiza a paixão de Cristo (Mt27,43; Fl 2,8 e 1Jo 2,1). Além disso, temos pelo menos para o livro de Baruc uma prova de seu caráter inspirado na própria Bíblia. O livro de Baruc é o mesmo que aparece em Jr 36, considerado inspirado conforme Jr 36,4: “Jeremias chamou, então, Baruc, filho de Nerias, que escreveu em um rolo, conforme o ditado de Jeremias, todas as palavras que o Senhor lhe dirigia.” É bom lembrar que o livro de Baruc foi escrito originalmente em Hebraico, mas nós só temos a cópia grega, pois o original se perdeu com o tempo. O mesmo com o livro de Eclesiástico, cujo original também era em Hebraico. Só para completar, é bom que se diga que os livros do Cântico dos Cânticos e de Ester, que são considerados inspirados, não são citados em nenhum outro livro da Bíblia, e ninguém fica dizendo que, só por causa disso, eles não são inspirados. Obs: Os livros deuterocanônicos (chamados apócrifos pelos não católicos) foram incluídos na Bíblia no concílio de Cartago em 397 e não pelo concílio de Trento de 1546, o qual apenas confirmou o concílio anterior. É incoerente que as mais de 80 seitas depois de Lutero aceitem o concílio de Cartago onde se definiu o Novo Testamento, mas estranhamente o rejeitem quanto à definição do Cânon do Antigo Testamento. |
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